VIDA ANTES DA MORTE –
NOSSA EXISTÊNCIA EFÊMERA conforme a Bíblia
O que um cristão deve saber antes de morrer!
Existe vida após a morte?
"É provável que Deus não
exista. Então pare de se preocupar e comece a curtir a vida”
O ECLESIASTES é normalmente incluído
entre os livros sapienciais das Escrituras hebraicas, porque suas visões da
vida não são fruto de nenhum tipo de revelação divina (em contraste, por
exemplo, com Profetas), mas de uma profunda compreensão do mundo e de como ele
funciona.
Porém, diferentemente de outros
livros sapienciais, como Provérbios, a “sabedoria” transmitida pelo Eclesiastes
não se baseia no conhecimento acumulado por gerações de sábios; é baseada nas
observações de um homem enquanto pensa na vida em todos os seus aspectos e na
certeza da morte. Mais ainda, como os diálogos poéticos de Jô, o Eclesiastes é
uma espécie de livro “anti-sapiencial”, no sentido em que usas visões são
contrárias às visões tradicionais de um livro como Provérbios, que insiste
basicamente em que a vida basicamente faz sentido e é boa, que o mal é punido e
o comportamento correto, recompensado.
Nem tanto para o autor do
Eclesiastes, que chama a si mesmo de Professor (Qoheleth em hebraico).
Ao contrário, a vida
freqüentemente não faz sentido, e no final todos nós – sábios ou tolos, justos
ou ímpios, ricos e pobres – morreremos. E esse é o fim da história.
Não há melhor maneira de
identificar a ampla mensagem do livro que simplesmente analisar suas poderosas
linhas iniciais.
Nelas o autor se identifica como
filho de Davi e rei de Jerusalém (Ecl 1:1). O autor em outras palavras, DIZ SER
ninguém menos que SALOMÃO – conhecido em outras tradições como “o homem mais
sábio da Terra”. Os estudiosos, porém, têm uma razoável certeza de quem quer
que tenha escrito o livro, NÃO PODERIA SER SALOMÃO.
Seja como for, sua declaração de
abertura praticamente diz tudo (Ecl 1:1-6,8-11).
A palavra-chave aqui é vaidade.
Toda vida é vaidade (vazio, inutilidade, absurdo). Hevel-“fugaz”, “efêmero” e
tudo no mundo é destinado logo a acabar – até mesmo nós. Ela passa rapidamente,
e se acaba e dar valor e importância em demasia às coisas deste mundo é inútil,
vão: todas as coisas são fugazes, efêmeras.
DISFARÇADO DE SALOMÃO, ESTE AUTOR
diz que tentou de tudo para dar sentido à vida. (Ecl 1:16-2:23) Ecl 2:11; 2:17;
2:20. No final ele chega à sua conclusão:
“Eis que a felicidade do homem é
comer e beber, desfrutando do produto do seu trabalho” (Ecl 2:24).
A razão pela qual tudo é “hevel”
é que todos morrem, e esse é o final da história:
“TUDO É O MESMO PARA TODOS; UMA
SORTE ÚNICA, PARA O JUSTO E O PARA O ÍMPIO, PARA O BEM E O MAU, O PURO E O
IMPURO, para quem se sacrifica como ao que não se sacrifica, PARA O BOM E O
PECADOR; (...) O MESMO DESTINO CABE A TODOS” Ecl 9:2-3). Mesmo nesta vida, antes da morte, recompensas
e punições não são dadas segundo o mérito; tudo depende do acaso. Leia Ecl
9:11-12).
Para este autor, NÃO HÁ UMA BOA
VIDA APÓS A MORTE para aqueles que foram sábios, bons, fiéis e justos, ou
punição para aqueles que morrem em seus pecados. NÃO HÁ RECOMPENSAS OU PUNIÇÕES DEPOIS DA
MORTE – a vida é só o que há, e portanto deve ser acalentada enquanto a temos.
Na frase memorável do professor,
“um cão vivo vale mais do que um leão morto” (Ecl 9:4). E ele explica por quê:
“ Os vivos sabem ao menos que
morrerão; OS MORTOS, porém, NÃO SABEM NADA.. NÃO HÁ PARA ELES RETRIBUIÇÃO, uma
vez que sua lembrança é esquecida. Seu amor, ódio e ciúme já pereceram, E ELES
NUNCA MAIS PARTICIPARÃO DE TUDO O QUE SE FAZ DEBAIXO DO SOL” (Ecl 9:5-6).
Ademais, seu refrão repetido por
todo o livro é que, dada a impossibilidade final de compreender este mundo e
ter uma noção do que acontece, A melhor coisa que podemos fazer é desfrutar a vida
enquanto a temos. Em sete oportunidades no livro ele diz aos leitores que eles
DEVEM
“COMER, BEBER E SER FELIZES” (Ecl 5:17; Ecl 8:15).
Isso me impressiona. Embora haja
pessoas (muitas pessoas!) que alegam saber o que acontece a nós quando morremos.
A VERDADE É QUE nenhum de nós sabe e nunca “saberá” até ser tarde demais para
nosso conhecimento ter alguma utilidade para nós.
Minha suspeita, nas palavras de
Bart D. Erhman, é que o professor estava certo, -
“QUE NÃO HÁ VIDA APÓS A MORTE,
que esta vida é só o que há.
Isso, porém, não deve desesperar.
Deve nos levar a desfrutar da vida ao máximo, pelo maior tempo que pudermos e
de todas as formas possíveis, apreciando especialmente os momentos preciosos da
vida que podem nos dar prazer inocente: relacionamentos íntimos, famílias
amorosas, boas amizades, boa comida e boa bebida, mergulharmos no trabalho e na
diversão, fazendo o que gostamos.
A vida é tudo o que há. Seja como
for, a idéia de que esta vida é o que existe não deve ser motivo de desespero e
abatimento, mas exatamente o contrário. Deve ser uma fonte de alegria e sonhos
– alegria de VIVER O MOMENTO e os sonhos de fazer do mundo um lugar melhor,
mais agradável, cultivar nossas amizades, festejar nossas vidas familiares,
ganhar e gastar dinheiro, quanto mais melhor, tanto para nós quanto para os
outros. Viver a vida na plenitude, com a coragem de falar quando se torna
preciso e coragem de calar quando o silêncio é necessário. Fazer o possível
para amar, praticar a caridade – é um presente, e não estará conosco por muito
tempo.”
Para finalizar, o autor do
Eclesiastes é explicito em dizer que Deus não recompensa o justo com riqueza e
prosperidade.
Então, por que há sofrimento? Ele
não sabe. E Ele era conhecido como o “homem mais sábio” que já viveu!
(Discordo, pois Salomão convocou e escravizou para trabalhos forçados 30 mil
homens, junto com outros 70 e 80 mil pedreiros 1 Reis 5:13-18).
Deveríamos abstrair algo com
isso. Ou seja, trabalhar para aliviar o
sofrimento dos outros, sem esperar nenhuma recompensa celestial de um ser
imaginário sobrenatural.
Quanto ao restante das páginas do
“seu” livro sagrado, cheio de incoerências, divergências, contradições, lendas
e mitos, pecado hereditário, escatologia.... Esqueça tudo, pois não foi escrito
pelo dedo de um Deus invisível , imaginário, com poderes de super-homem, e nem
é de inspiração divina.
Se, numa discussão, um dos muitos que gostariam
de saber tudo, mas se recusam a aprender qualquer coisa, nos perguntar a
respeito da continuação da VIDA APÓS A MORTE, a resposta mais adequada e mais
correta é: “Após a morte você será o que era antes de nascer.” — Arthur Schopenhauer.
Links relacionados com o assunto:
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http://livrodeusexiste.blogspot.com/2010/05/capitulo-44-o-cristianismo-e-queda-do.html
Publicado por inspiração de Bart D. Erhman, autor de “ O
PROBLEMA COM DEUS-,
As respostas que a Bíblia não dá ao sofrimento”.
Acredito e tenho fé em mim.
Acredito nas pessoas, e as pessoas, quando
incentivadas a PENSAR POR SI SÓS sobre
toda a informação disponível hoje em dia, com muita freqüência ACABAM NÃO
ACREDITANDO EM DEUS (ES), e vivem uma vida realizada – UM VIDA LIVRE DE
VERDADE.
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